sexta-feira, 11 de julho de 2014

Ravi XIII - O gigante

O Gigante

Assim eles foram conversando, sala por sala até sair do Castelo.
 Ravi até esqueceu que era um sonho dentro do livro.
Primeiro porque o Gato de botas tinha uma conversa incrível e eles davam muitas risadas. Segundo que Ravi estava mesmo era preocupado com o Gigante.
Ele sabia que gigante era uma coisa diferente e seu vô falava sempre que os lutadores de luta livre eram todos uns gigantes sem cérebro e depois que nas historinhas os gigantes eram bem maus. A vó já tinha contado muitas dessas.
 Bom, aí eles chegaram num bosque enorme. Não que o bosque fosse grande, mas as coisas no bosque eram grandes. Por exemplo, as flores tinham o tamanho do Ravi e a grama era alta que parecia árvore!... Nossa!
 E o Gato de botas dava risada quando o Ravi dizia que eles tinham encolhido.
 - Não maninho, aqui já é a terra do gigante e sua mulher maldosa!
 Eles são enormes!
 e nós somos os pequeninos. Mas vamos tentar.

Chegaram. E Ravi ficou com muito medo!
 A porta era do tamanho da torre do castelo!
 E o jardim era maior que um campo de futebol!
 Tudo era enorme.!
O Gato gritou:
-Ó de casa! Abram essa porta para o senhor Gato de botas e o seu amigo Ravi, O Cérebro!
- De repente: Unhéeeeeee! A porta foi se abrindo e pela fresta Ravi encontrou com a mulher mais feia do mundo. AAHHHH! Aquilo era bruxa. Perto dela a dona Maria Rosa era um Rosa! uma vovó simpática.
A mulher parecia que tinha um olho só, de tão vesga! Os cabelos eram mais sujos e emaranhados que o mato do jardim! E por trás dela apareceu um braço. Só um braço. Cabeludo e com uma mão enorme e cheia de dedos. Bom só tinha cinco, mas eram tão grandes que parecia que eram muitos mais.
Ouviu-se uma voz poderosa que disse:
- QUEM ESTÁ AÍ, MULHER?
Era o gigante que nem cabia no sonho, de tão grande...
Aí Ravi pensou... acho melhor acordar..., mas depois olhou pro amigo e disse pros seus botões: Eu não vou abandonar um gatinho tão amigo e ainda por cima eu sou Ravi, O Cérebro. Não sei bem o que é isso mas é legal"!
Gato de botas falou:
- Viemos aqui buscar algumas maçãs para meu mestre o Rei destas terras!
- A mulher riu e o gigante riu mais ainda. Tudo balançou e tremeu. Ravi ficou com medo de fazer xixi nas calças, mas segurou firme!
-Seu bobocas, disse a mulher. Essa terra é do meu marido o gigantão Bravão Bobolão. E ninguém leva nada daqui!
- O gato não se perdeu:
- Um desafio. um desafio!




quinta-feira, 10 de julho de 2014

Ravi XII - O Sonho

O Sonho

Engraçado que Ravi estava sonhando. O pior é que ele sabia que estava dentro do livro!
Como isso era possível? 
Sonho dentro de um sonho que não é sonho mas é... ah deixa pra lá!
 Ravi tava adorando aquela confusão.
 começou a rir dentro do sonho...
E quanto mais dava risada mais vontade de rir tinha.
 Nossa como era divertido. 
 Ele estava em um castelo. Sim, um castelo desses que a mamãe contava. De princesa! mas era de verdade. As paredes, os móveis os quadros. Era tudo tão antigo. como ele vira em fotos com o pai.
Papai tinha dito que um dia ele iria vivajar e ver tudo isso e ele estava vendo!
 No meio de uma risada, uma vozinha bem fininha disse:
- Do que você está rindo chapinha!?
- Ahn?!
 chapinha?
-É meu chapa, chegado, amigão!
 qual é a tua?
- Era outro gato. Por sinal um gato bem grande...
 Com chapéu de mosqueteiro e...nossa ele usava botas!!!!
- E aí, o que tá pegando?! Nunca viu um gato de botas?!
- Bom, já...mas era uma historinha de conto de fadas..
- E daí?! Eu sou a historinha. Eu sou o gato de botas. Tcharam! E ele abriu os braços e puxou uma espadinha, acreditem, de verdade!
- Ravi desembestou a rir e não conseguia parar! quaquaquaqua...
- Pô meu, não sacrifica... eu sou um gato bravo. Se me torrar eu aconteço! olha lá!
- Ai, desculpe! você é engraçado!
- Engraçado e essa bunda suja de terra ou sei lá o que?
Ravi olhou seu calção e viu que tava tudo sujo do porão da bruxa!
- Ah, é terra é que eu estava num lugar fedido e sujo!
- É você está fedido e sujo mesmo irmão!
- Mas, o que você faz no meu sonho?!
- Ora em sonho pode qualquer coisa! Então como  está vivendo uma aventura de gatos eu resolvi leva-lo para mais uma aventura comigo.
- Ueba! jóia! Obrigado!
- Gostou né?!
 eu sabia. Você tem a aventura no sangue!
- E qual é a aventura, qual é diga, diga!
- Bom, você me conhece bem né?!
-Sim, você é um gato esperto que fez seu dono ficar rico e virar rei.
- Pois é, mas agora ele tá com um problemão.
- Jura?
- É que eles estão esperando um filhinho. Uma criança, sacou?!
- Sim, sim, eu sei o que é isso, é quando o papai...
- Pode parar que eu sei que você sabe!
- Ah! tá...
Então...minha rainha está cheia de vontades e agora ela cismou que quer comer maçã?
- E daí, maçã a gente compra na feira.
- É mas a que ela quer não se encontra na feira.
- E aonde se encontra essa maçã.
- Bom, é uma maçã mágica que faz com que toda a mulher que coma seja feliz pra sempre e fique bela.
- Nossa e onde a gente  encontra essa maçã?
 - Bom, aí é que a gente entra. Nós vamos buscar essa maçã. Meu mestre não conseguiria, ele é meio tapado,sabe, e aí...bommm eu gosto dele pra caramba mas, é tapado.
Sei. E...
- Nós vamos buscar a maça, no jardim da bruxa mauzona e do seu marido, o gigante terrível!
- UAUUU! que legal!
- É legal pra você que está sonhando. Pra mim é um perigo. Bom, e pra vc também....
 E assim foram conversando e caminhando até sair do castelo!




quarta-feira, 9 de julho de 2014

Ravi XI - Maria Rosa

Maria Rosa

No fim da escada, uma porta de madeira. Entraram. Um cheirinho bom de sopa perfumava o ambiente.
Mas não era só isso. Na cozinha, onde estavam, os cheiros se misturavam e completavam, 
parecia uma dança de cheiros. Uma erva, um perfume, lavanda, era como o perfume da mamãe, não outro cheiro, sopa de legumes..Hum.... outro cheiro, parece uma erva, mas eu não conheço e outro ah esse é canela que mamãe põe na minha banana com aveia...ai que fome...
Ravi, olhos fechados parecia que dançava usando seu nariz, nariz de gato? Opa, não! abriu os olhos e uma velhinha bonitinha estava sorrindo e passando a mão em sua cabeça.
- Oi, quem é esse menino bonito, Amélia!?
- Miau!
- Ah! que nome lindo: Ravi. É o sol né?!
- É o que minha mãe diz! O sol. 
- Sua mãe sabe das coisas, mas garanto que seu pai é que inventou essa história...
- É... acho... não sei.
- Tá com fome Ravi?
-É...tou . Esse cheirinho bom...
- Vamos tomar um pratinho de sopa.
-Eu não posso, minha mãe fica brava...senão depois não almoço!
- Ela nem vai saber e não vai ligar, porque essa sopa só alimenta na história.
- Como?!
- Deixa pra lá meu menino. Vem...
- E assim Ravi sentou no banquinho do lado da mesa e tomou um pratão de sopa.
 Amélia tomou a sopa no seu pires e Maria Rosa, era a bruxa, ou a velhinha bondosa também comeu.
 Ele ainda pediu pão e limpou o prato.
 aí... deu sono né, e Ravi dormiu com o rosto encostado no braço.
A bruxa, ou melhor, Maria Rosa pegou o menino e levou pra caminha. Aí ele dormiu.
 E sonhou....

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Ravi X

Descobrindo a bruxa

Ravi pensou e pensou...e... entendi, então isso que é aventura? Em seguida perguntou:

- Amélia...porque então eles chamam sua dona de bruxa? - Ravi não concordava que maltratassem uma velhinha.
- Ah Ravi, é a ignorância humana. As pessoas não gostam do que não entendem.
No começo, minha dona ajudava as criancinhas a nascer. Você sabe como é isso né?
-Sei sim...o pai da gente põe a sementinha na barriga da mamãe e aí eu nasci, quer dizer, as crianças nascem... (ficou vermelhinho)
- Pois é, então depois ela começou a fazer chá com ervas que só ela conhecia e curou pessoas, depois aí ela ficou velhinha e aí as pessoas começaram a cochichar e a murmurar e a não gostar. 
Aí um dia morreu uma vaca de um vizinho nosso e falaram que foi praga da minha dona. 
- Nossa, e aí? Ravi estava curioso e assustado.
- Bom, nós fugimos pro meio da floresta e agora moramos aqui nesta casa velha que minha dona encontrou. mas a gente vai embora porque acho que eles estão atrás de nós.
 - Que gente ruim, né?!
- É a época, as pessoas são muito ignorantes. Na sua época não é assim?
- Não. Bom... jávi meu pai e minha mãe falar que tem gente ignorante, mas pelo menos parece que eles prende as pessoas más... não sei, eu sou criança ainda e acho que gente ruim vai existir sempre. 
- É e ignorantes então... bom mas vamos sair daqui que eu quero te apresentar minha dona.
 - ela não vai ficar brava?
-Claro que não Ravi. Ela é boa. Só é velhinha, como eu. 
E assim conversando eles foram subindo escada de pedra e ...

Ravi IX - Azazel

Azazel

Ravi estava assustado mas interessado. Era um porão úmido e frio. Ele estava com as pernas sujas de lama mas a cabeça estava à mil!
- me diga gatinha...
 - O que Ravi?
- primeiro seu nome:
 - Meu nome, é Amélia, é assim que minha dona me chama. Os outros me chamam de Azazel o diabo. Sou uma gata de bruxa!
- Nossa, que perigo?!
- Perigo, por que?
- Uma bruxa?
- E o que tem? ela é a velhinha mais boazinha que eu conheci. Maria Rosa minha dona querida.
 Na verdade eu sou mais velha que ela, mas vocês ficam velhos e não percebem. O tempo de vocês aqui é maior! Vocês precisam de mais tempo que nós pra aprender as coisas. 
Nós duramos menos mas somos mais sábios Nascemos com o passado de todos os gatos na cabeça e no coração. 
Vivemos rapidamente!
 - Como? o que , ela é bruxa|? Você vive rápido? Não tou entendendo!
- Mas vai entender meu menino, vai entender sim.
Os seres humanos são muito frágeis. precisam de tempo para aprender e crescer. 
 Veja você ainda tem cinco anos não é?!
-Sim!
- então você não pode viver sozinho. Precisa de pai e mãe pra te proteger e fazer você ficar feliz, não é?
-Acho que é isso, né?!
-É, Azazel-Amelia limpou o pelo negro e lustroso, por isso demora mais. a gente , os gatos, mal nascemos e de repente já temos que viver e caçar e correr e viver e saber tudo. então não precisamos tanto de pai e mãe, apesar que um carinho de mãe é tão bom!...
- Ravi já tava ficando triste e com saudades de casa, arrumou uma carinha de choro que a gata logo percebeu.
 - Não fique Triste Ravi, você já está quase chegando em casa, mas você quis entrar no livro agora tem que ir até o fim.
- Mas eu vou voltar pra casa?
-Claro que vai. Os livros fazem isso com a gente. Eles te levam pra longe mas te devolvem para o mesmo lugar onde você estava quando virou a primeira página.
- Nossa! que máximo!